segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Analogias do Drama
Christian Silva de Castro[1]
         
   Em tempos nebulosos como os atuais são necessários alguns questionamentos sobre o cenário que se apresenta diante de nós. Cabem alguns esclarecimentos iniciais. Vivo no Rio Grande do Sul, estado famoso pelo bairrismo – que aflora principalmente no mês de setembro – e por uma tradição política que tem se mostrado cega aos seus efeitos a longo prazo. A crise que assola o nosso estado atualmente e principalmente afeta o cotidiano dos servidores não é novidade, apenas não era um assunto em voga, semelhante a uma dor de dente que vamos tratando com analgésicos e paliativos até ela se torne insuportável. Assim foi com a crise que diga-se de passagem não é uma exclusividade pampeana.

            Drama, segundo a definição do dicionário algo que representa de maneira grave ou patética as situações do cotidiano. O drama do funcionalismo público é mais profundo do que os noticiários mostram e vai muito além do terrorismo econômico que se tornou habitual ao fim de cada mês e vem atormentando a sanidade dos trabalhadores gaúchos. Ora, agora fica claro como um trabalhador responsável por manter uma família olha para sua conta de telefone – o mesmo se aplica à agua, luz, alimentação, etc. – sem saber qual compromisso honrar primeiro, é no mínimo grave a situação de impotência em que nos encontramos no início de cada mês ao mesmo tempo em que é patética a postura de nossos governantes acerca dessa situação.

            Todavia, pretendo me deter no “drama” do magistério que não é nenhuma novidade para sociedade e pode da mesma forma que a crise econômica gaúcha ser associada aquela dorzinha de dente que está sendo mantida dormente a base de paliativos. Desde o fim da década de 70 que a professorada vai pra rua reivindicar seus direitos e tem, por vezes de forma mais humilde, conquistado aquilo que busca. Falta, entretanto a compreensão e a valorização que esta classe merece indo desde as camadas em que atua aos governos que auxilia a formar. Obviamente, o processo é longo e demasiadamente complexo para estas poucas linhas, mas teimo em dizer que reside na valorização da classe do magistério (e primeiramente a compreensão dos professores que são uma classe) a solução para a maioria dos problemas que assola nosso país.
            As atuais medidas econômicas que o governo pretende implantar vão reverberar ao longo dos próximos anos e retiram diversos desses direitos adquiridos – em muito por esse pessoal que foi às ruas lá na década de 70 -  aos futuros funcionários da máquina estatal. O abuso da falta de informação e principalmente da seleta de informações que são divulgadas, fazendo que as agencias de noticias se assemelhem aquelas mães que arrumam as crianças antes de um evento familiar deixando-as completamente diferentes do que realmente são e nós somos os parentes que recebem a visita a elogiam a criança bem aprumada. Urge a necessidade de conhecermos as leis que são propostas e aprovadas, bem como, quais às engrenagens que movem esta máquina cujo funcionamento, afeta a todos nós trabalhadores e cidadãos do estado.

            Outra analogia possível com a atual situação que nos encontramos enquanto servidores e principalmente educadores da rede pública estadual de ensino é aquela velha máxima da tempestade “depois da tempestade, vem a bonança”. Pois bem, se as ditas leis    forem aprovadas a tempestade que varre os direitos adquiridos a duras penas pelo funcionalismo gaúcho (lembra daquele pessoal lá da década de 70?) tende a se estender por um período indeterminado. E o que podemos fazer? Ainda nas analogias, creio que pegar um guarda-chuva e uma capa plástica não seja o suficiente. Precisamos ir além e da mesma forma que Prometeu e contestar os “deuses” e utilizar o poder que é naturalmente nosso. É chegada a hora de ocuparmos as ruas e principalmente fazer valer nossa voz enquanto educadores e promover a formação do tão necessário senso crítico. Sem balelas de partidos antagônicos e retrocessos históricos somos – ou deveríamos – ser muito mais do que esse panen et circenses mostrado por aquela mídia que apruma criancinhas.

            É passada a hora dos profissionais da educação, e demais servidores, se valorizarem enquanto base do funcionamento estadual antes mesmo de clamarem por esta valorização. Temo, e acredito, que enquanto essa tomada de consciência não aconteça às fileiras do funcionalismo continuarão a ruir de dentro para fora em função de disputas partidárias e correntes ideológicas que mais amarram do que guiam o rumo da caminhada. Medo? Claro que temos. Coragem, somos obrigados a ter.



[1] Professor da rede estadual de ensino, atua no município de Alvorada. 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Reflexões sobre o currículo adaptado

Durante a semana de formação do Estado, nós professores, tivemos uma série de palestras sobre temas voltados para a educação. Sempre vi estas palestras nos meus longos 18 meses de atuação com professor como uma perda de tempo já que eram poucas as palestras que adquiriam um caráter mais prático. Entretanto, no dia 16 de Julho, conheci a fala da colega Helena, que possui uma imensa experiência com alunos de inclusão e venho compartilhar seus conhecimentos conosco nesse dia. Depois daquela tarde, foi impossível não parar por alguns instantes e ficar inquetado com a questão do currículo inclusivo e da grande mobilização escolar que este exige para que possa pensar em funcionar.

Discutir o tema "inclusão" é sempre delicado pois, entramos em diversas esferas - legais, emocionais, familiar, profissional, etc. - que via de regra devem interargir entre si. Todavia, nem smpre isso ocorre de forma hamoniosa. A inclusão como uma teoria educacional diz que todos os alunos com deficiência intelectual devem ser aceitos na escola. Porém, sabemos que nem sempre a escola possui capacidade técnica para absorver este contigente dicente com necssidades educativas diferenciadas. Obviamente, esta é uma discussão legal e possui muitos desdobramentos. 

A realidade atual das escolas apresenta uma demanda muitas vezes maior do que a capacidade humana e técnica da escola. Esta discussão vai muito além da acessibilidade e as modificações na estrura física do "prédio escola". Necessita-se de uma reformulação/atualização, em nível de teoria,  do quadro de professores que atuam ou que em algum momento irão atuar com estes alunos. Não existe uma receita mágica que o currículo adaptado aconteça, mas sim existe a percepção de que uma série de mudanças deve acontecer para que este projeto se torne no mínimo possível. devemos considerar que cada aluno com deficiência intelectual é um caso único e consequêntemente com características únicas - esse caráter ímpar do aluno D.I. abrange o seu ritmo de aprendizagem, a forma como ele aprende, o nível e a capacidade de se relacionar e realizar trocas com o meio, etc. - o que somado à imensa demanda de alunos coloca o quadro de professores em uma situação de trabalho no mínimo delicada. 

INCLUSÃO = PREPARO (TÉCNICO E ESTRUTURUAL)

Conforme mecionado anteriormente, a adaptação do currículo consiste em uma reformulação na forma com a escola/professores compreendem aquele aluno com características diferenciadas considerando primordialmente as capacidades daquele aluno. Neste momento surge um ponto de tensão entre o ensino dito "regular" ou "tradicional" onde os conteúdos têm um espaço considerável no planejamento das atividades letivas. 

Ao se trabalhar com alunos D.I. devemos levar em consideração que nem sempre este aluno terá a capacidade de acompanhar o ritmo dos seus colegas (ou o ritmo que o professor espera que os colegas tenham), o ponto de tensão ocorre quando não existe a "tradução" daquele ritmo para a necessidade do educando. 

Surgem então os "tradutores" profissionais normalmente enviados pelo Estado com a missão de auxiliar estes alunos com necessidades intelectuais. Este profissionais atendem os alunos em locais preparados para eles com toda sorte de materiais para apoio didático, as tão faladas    "salas de recurso" ou "multifuncionais". As salas de recurso são os destinos finais de várias caminhadas ao longo dos caminhos legais, filas, encaminhamentos, agendamentos e reagendamentos que acentuam as dificuldades já existentes no aluno além de demandar mais tempo fora de sala de aula e consequêntemente sem atendimento educacional. 

ALUNO D.I      (LÍNGUAS DIFERENTES)  ENSINO REGULAR

TRADUTOR

CURRÍCULO ADAPTADO

Logo, o currículo adaptado necessita além da reformulação teórica dos profissionais da educação - aqui eu me refiro aos profissionais de dentro da escola - de uma revisão total nos processos que envolvem a agilidade na identificação e tratamento destes alunos. A comunicação mais ágil entre Estado e Município bem como, o compartilhamento de recursos destinados para este público.

No que se refere à esfera emocional, lidamos (enquanto professores) com a família e a imensa bagagem de preocupações, angústias, esperanças que esta carrega em seu seio. Obviamente, este trabalho é muitíssimo delicado pois é necessário que fique claro que a vivência do aluno dentro do âmbito familiar tem reflete diretamente na sua vivência escolar. A escola preparada para o aluno D.I. pode de forma mais segura lidar com este cenário tão peculiar.

Retomo aqui a ideia de que o currículo adaptado deve harmonizar as angústias familiares com a capacitação teórico-prática dos professores ao mesmo tempo em que o Estado, enquanto governo, agilize todo o processo de atendimento tendo como único objetivo a formação do aluno como sendo um indivíduo com plenas capacidades de exercer uma vida em sociedade. Isto é, precisamos com a implementação do currículo adaptado, colocar o aluno em primeiro lugar tendo em mente que o agravante da defiência intelectual deve ser diagnosticado e tratado nos seus estágios iniciais. 

Em uma análise simples deste contexto o problema para implementação do currículo adaptado é uma imensa falha de comunicação entre as partes envolvidas no processo de adaptação do currículo a uma necessidade social. Outra comparação que pode ser feita é com a nova metodologia do Ensino Médio, o ensino Politécnico. De certo modo, o ensino politécnico é também uma adaptação das metodologias de ensino a uma necessidade social e sobretudo educacional. Contatamos que os lacunas da sociedade atual não estavam mais sendo preenchidas pelos profissionais oriundos do antigo modelo educacional vigente. O currículo adaptado é também uma adaptação nma educação para uma demanda social, jovens alunos com necessidade educacionais específicas. 

ENSINO POLITÉCNICO E CURRÍCULO ADAPTADO 
NECESSIDADE SOCIAL

Depois de realizada esta comparação é inevitável não se questionar do porquê um modelo foi implementado com certo grau de sucesso e porque o outro enfrenta tantas dificuldades?

Ao entrar neste debate com certeza iremos esbarrar nos já polêmicos assuntos "aprovação X reprovação". Entretanto, o aluno com necessidades educativas especiais não pode ser comparado com outros alunos ou mesmo colocado em um "molde" de rendimento anual. O próprio aluno com D.I. deve ser o seu parâmetro de crescimento. Ou seja, o trabalho de avaliação e consequentemente de reprovação ou aprovação do aluno em questão depende do olhar individual do professor para com este aluno. Deve-se considerar neste processo as habilidades básicas do aluno bem como, as habilidades que devem ser construídas ou desenvolvidas (lembrando que cada aluno com D.I é um caso ímpar) todavia, vale salientar que o currículo adaptado prevê uma série de critérios de acordo com a demanda. 

CURRÍCULO ADAPTADO = DEMANDA ESPECÍFICA

Por fim, a tarefa de adaptar o currículo a uma demanda iminente é quase que sinônmo de atritos dentro da escola. Rever ou rerformular o currículo escolar requer a abdicação de uma série de práticas enraizadas no cotidiano escolar e nem sempre isso é uma tarefa fácil. Gosto de pensar a escola como sendo uma máquina onde todas as peças - representadas pelos diferentes setores da escola - devem estar perfeitamente lubrificadas e harmonizadas para que o funcionamento seja positivo. O curriculo adaptado trata-se de uma série de ajustes que devem ser feitos na máquina, contudo, é um processo árduo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Peças Teatrais da turma 701 (religião)

Desenvolvimento do tema "Mito" na aula de religião rendendo ótimas apresentações teatrais (A Mulher de Pigmaleão e O Cordeiro de Ouro) apresentadas aos alunos do currículo. Os roteiros foram feitos pelos alunos como requisito de avaliação da disciplina.








Na próxima semana mais intervenções utilizando o teatro como ferramenta didática serão postadas.

sábado, 17 de novembro de 2012

Quanto Tempo....

Fazia algum tempo que não dava o ar da graça no meu pequeno blog. Enfim, as funções do casamento já passaram (até o blog do casamento está completamente desatualizado) e agora é centrar no trabalho que o final do ano já chegou.
Falando um pouco de trabalho, aos meus alunos do Trajetórias Criativas, já passei nos blogs de vocês e deixei algumas considerações para serem feitas, por favor olhem e qualquer dúvida deixem um recado aqui, no Facebook, no meu email, sinal de fumaça, etc..

Por fim, fica essa imagem que eu peguei no Um Sábado Qualquer para estimular a produção no final de semana....

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A PARTIR DE HOJE ESTAREI DISPONIBILIZANDO ESTE ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO DE DÚVIDAS DOS ALUNOS DO GRUPO DE TRAJETÓRIAS CRIATIVAS.

COLOCAREI À DISPOSIÇÃO DICAS DE FORMATAÇÃO E POSTAGEM, BEM COMO, MATERIAIS QUE AUXILIEM NA BUSCA DE RECURSOS PARA ELABORAÇÃO DOS SEUS PROJETOS DE PESQUISA.

CHRISTIAN 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Música Clássica em Sala de Aula


Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos momentos de aprendizagem envolvendo a música erudita como elemento presente na sua cultura cotidiana através de experiências sensoriais e práticas.

Objetivos Específicos:
·         Identificar  músicas eruditas.
·         Experimentar as possibilidades de ritmo da música clássica através de experiências práticas.

Essa sequência de atividades proporcionará à turma a oportunidade de identificar a musica erudita, bem como conhecer alguns compositores clássicos.

1ª atividade
            Com auxílio do projetor multimídia passar aos alunos o filme O Segredo de Bethoven, filme de 2006 dirigido por Agnieszka Hollan.

Sinopse[1]:
Anna Holtz (Diane Kruger) é uma jovem de 23 anos que sonha em se tornar uma compositora. Como estudante do Conservatório de Música, ela é indicada para um cobiçado cargo em uma editora musical. Devido a uma série de eventos ocasionais ela é designada para trabalhar juntamente a Ludwig van Beethoven (Ed Harris), o mais celebrado artista vivo da época. Inicialmente descrente, Beethoven faz a Anna um desafio de improvisação, no qual ela demonstra sua sensibilidade musical. Beethoven a aceita como escriba, dando início a um forte relacionamento entre os dois.

Posterior à exposição do filme, questionar os alunos sobre questões como:

ü  Preconceito
ü  Trabalho para as mulheres
ü  Por que o preconceito com Ana Holtz e quais os percalços que ela passou trabalhando junto com o maestro Bethoven.

Solicitar aos alunos que entreguem um breve comentário com as impressões que tiveram do filme.

2ª atividade

Passar Para os Alunos:
Para a identificação da música erudita, é necessário que saibam o que é uma obra. Uma obra é um conjunto de movimentos, ou seja, um conjunto de músicas. Diferente da música popular, onde cada música é composta sem ligação com nenhuma outra, na música erudita o compositor cria um conjunto de movimentos que posteriormente farão parte de uma obra. Por exemplo, uma sinfonia é, normalmente, composta por 4 músicas. Já um concerto, geralmente divide-se em 3 partes.
Cada movimento geralmente tem o nome conforme a sua velocidade. Abaixo estão relacionados os tipos de movimento, desde o mais rápido até a música mais lenta:

1.    Prestíssimo
2.    Presto
3.    Allegro
4.    Allegretto
5.    Andante
6.    Andantino
7.    Adagio
8.    Larghetto
9.    Largo

Música Erudita no Brasil   
A Música Erudita, ou Clássica, ou de Concerto, no Brasil dos primeiros séculos de colonização portuguesa, vinculava-se estritamente à Igreja e à catequese. Com o passar do tempo, irmandades de música, salas de concerto e manuscritos brasileiros vão traçando o perfil de uma atividade crescente no país, onde pontificaram nomes como Antônio José da Silva, cognominado "O Judeu", José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Caetano de Mello Jesus, entre outros.
Com a chegada de D. João VI no Brasil, tivemos também um grande impulso às atividades musicais e José Maurício Nunes Garcia destacou-se como o primeiro grande compositor brasileiro. Mas mesmo com todas as obras feitas por estes compositores, ainda no século 19, falar em música erudita brasileira era motivo de riso, num período totalmente dominado pelos mestres italianos (com esporádicas contribuições de alemães e franceses).
Foi somente com Villa-Lobos que a música nacionalista no Brasil introduziu-se e consolidou-se pra valer. Nessa época, ignorava-se compositores como Alberto Nepomuceno e Brasílio Itiberê da Cunha, exatamente por causa da excessiva brasilidade de suas composições, e admitia-se Carlos Gomes graças ao sucesso europeu. É a partir de Villa-Lobos que o Brasil descobre a música erudita e o país passa, desde então, a produzir talentos em série: Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, Radamés Gnatalli, Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Cláudio Santoro e Edino Krieger são alguns desses expoentes.

Atividade Prática:

Com base em dois exemplos de música:

A 9ª Sinfonia de Bethoven[2]  solicitar que os alunos levantem de acordo com o ritmo. O professor deve “reger” os alunos de acordo com a intensidade da melodia. Nesta atividade, elementos como a lateralidade, coordenação motora ampla, atenção e reflexos serão avaliados. Ainda nesta dinâmica de atividade, os alunos deverão novamente ser regidos pelo professor ao som do “Aquecimento Funk com Música Clássica[3]”. O papel de regente poderá ser alternado com os alunos também.
O Objetivo desta atividade é fazer com o que os alunos percebam as mudanças de ritmo e a forma como estas acontecem, o tempo e a intensidade das notas associadas aos movimentos do maestro. O interessante da proposta é que com o ritmo do funk associado a musica clássica a receptividade dos alunos tende a crescer e abre um leque de possibilidades, como por exemplo a criação de uma “batida” para outras composições clássicas.


Outra possibilidade:
Com a música tocando, organize os alunos em circulo, peça que rasguem folhas de revistas velhas e façam bolinhas de papel acompanhando o andamento da música. Num segundo momento inicie uma “guerra” com as bolinhas, lembrando-os que devem manter o andamento da música ao atirá-las. Num momento posterior, coloque um saco plástico no centro da roda e peça que, ainda seguindo o andamento da música , recolham todas as bolinhas de papel, colocando-as no saco. 

(Lembre-se de encaminhar os papéis para a reciclagem posteriormente!)  

Após a atividade, pergunte aos alunos se sabem o que caracteriza uma música erudita. Muitas vezes, de acordo com a vivência da turma, as respostas relacionam-se aos instrumentos, à orquestra, a época de criação.

3ª atividade:

Com auxilio do projetor multimídia, passar para os alunos dois exemplos de desenho animado que utilizam como enredo a música clássica. O primeiro exemplo é o Pica Pau: O Barbeiro de Sevilha [4] e o Mickey Mastro[5].
Após a exposição do vídeo questionar quantos dos alunos já assistiu algum desses desenhos. Com base nas respostas, questionar quantos perceberam que a trilha destes desenhos é na verdade música clássica, mais especificamente dois clássicos da ópera italiana.
Com base apenas no áudio dos vídeos, solicitar aos alunos que dramatizem uma cena. Esta atividade pode ser feita em grupo ou duplas. O professor pode participar junto com os alunos.
Ainda utilizando a música como fonte de informação, tocar para os alunos a música “Jubilantes te Exaltamos” interpretada pela Família Lima, esta música é uma adaptação da 9º Sinfonia de Bethoven. Questionar se os alunos reconhecem o som, o ritmo. Posterior as respostas tocar novamente a 9º Sinfonia original.

4ª atividade:
Retome com os alunos que a música erudita é marcada por movimentos, apresentando-lhes os nomes, do mais rápido ao mais lento: (Prestíssimo, Presto , Allegro , Allegretto , Andante, Andantino , Adagio , Larghetto , Largo )

Divida a turma em grupos. Peça que cada grupo vá ao laboratório de informática para buscar, em  fontes da internet, ao menos, dois exemplos de movimentos, localizando os arquivos em áudio ou vídeo. Oriente para que usem os nomes dos movimentos como palavras-chave.

Ofereça algumas fontes para pesquisa:

http://musicabrconcerto.blogspot.com/ 

http://pqpbach.opensadorselvagem.org/ 

http://libroslibresmusicalibre.blogspot.com/ 

Promova uma socialização das descobertas, seguindo a ordem da lista, do movimento mais lento ao mais rápido: Largo, Larghetto, Adagio, Andantino, Andante, Allegretto, Allegro, Presto, Prestíssimo .

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Revolução Francesa em RPG Eletrônico

Sabemos que a disciplina de História é estigmatizada como sendo o momento do decoreba e do copiar incessante do quadro. Pensando em quebrar esta imagem o pessoal dos grupos de pesquisa da UNEB - Universidade Estadual da Bahia - lançou esta nova abordagem sobre um momento tão importante da história mundial e com reflexos diretos no desenvolvimento da nossa sociedade.



O jogo possui uma interface e jogabilidade muito semelhante a consoles já conhecidos dos nossos alunos como Resident Evil e God of War onde o objetivo é guiar e desenvolver o personagem através de diversas fases. 

"O Tríade mediando o processo ensino aprendizagem da História, visa possibilitar a imersão dos alunos no universo do século XVIII, especialmente na Revolução Francesa, despertando nos alunos do ensino fundamental e médio o desejo de aprender de forma lúdica e prazerosa. Este conteúdo rico e importante para entender o contexto da sociedade contemporânea será apresentado através de um jogo de simulação. Este tipo de game possibilita aos jogadores experimentar situações que não podem muitas vezes ser concretizadas no cotidiano. Assim, através da mediação desses jogos é possível criar novas formas de vida, gerir sistemas econômicos, constituir famílias, enfim, simular o real, antecipar e planejar ações, desenvolver estratégias, projetar os conteúdos afetivos, culturais e sociais do jogador que aprende na interação com os jogos eletrônicos. "


Abordagens com temas históricos associados a jogos eletrônicos são mais raras devido a barreira tecnológica dos computadores presentes na maioria dos laboratórios escolares que utilizam como sistema operacional o Linux 2.0 ou 3.0, ao passo que a maioria das plataformas no mercado são da Microsoft. No entanto o pessoal da UNEB pensou nesse nosso probleminha lançando duas versões do jogo, uma para os computadores com sistema Windows e outra para o Linux.

Os conteúdos podem ser trabalhados de forma tradicional, usando e abusando dos textos e imagens do período e o jogo entraria como sendo um "plus" para os alunos que poderia visualizar e "vivenciar" o conteúdo trabalhado, experimentando os ideais iluministas e o preço a ser pago por esta escolha.

Boa aula e bom jogo!

Link para download do jogo: